Os CLDS de Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Cinfães, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Paços de Ferreira e Penafiel reuniram-se, no dia 31 de maio, para partilhar e refletir sobre boas práticas do programa nos seus territórios, no “Encontro de Boas Práticas dos CLDS do Douro Tâmega e Sousa: uma responsabilidade partilhada”.
Este encontro técnico informal reuniu 35 técnicos das equipas dos CLDS em dois momentos de trabalho distintos: de manhã analisaram a intervenção do programa nos diferentes territórios e, durante a tarde, partilharam os resultados com 12 representantes das entidades promotoras e coordenadoras dos CLDS, autarquias locais e entidades supraconcelhias.
Este encontro surgiu da necessidade de reconhecer e divulgar as práticas, resultados e impacto dos CLDS considerando que:
- Os CLDS valorizam a proximidade e procuram soluções concretas para os que delas carecem, constituindo-se importantes instrumentos de promoção da inclusão social;
- Em cada território assumem um papel preponderante nas áreas da família, do emprego, da infância e juventude, do envelhecimento, e por conseguinte, na ação social, na educação, no desporto, na saúde e na economia;
- Deram um contributo valioso durante o contexto pandémico por COVID19 às populações mais vulneráveis, apoiando as famílias no ensino à distância e na exigência do confinamento, em estreita articulação com as instituições e entidades locais.
- Nas várias edições do programa, os CLDS desempenharam funções e desenvolveram projetos de prevenção e intervenção em resposta às fragilidades, necessidades e potencialidades do território, em parceria com entidades locais e regionais.
Os grupos de trabalho identificaram como aspetos mais positivos do programa CLDS no território Douro, Tâmega e Sousa:
- Promoção da empregabilidade através de atividades individuais e/ou coletivas, em parceria com atores locais e regionais;
- Garantia da dignidade e da igualdade no desenvolvimento das atividades;
- Atividades que capacitam para a integração laboral (treino de competências);
- O projeto ter financiamento próprio, contribui para responder com precisão às necessidades identificadas nos territórios e facilita o estabelecimento de parcerias;
- Equipas multidisciplinares ao serviço do território nas áreas da gestão, psicologia, animação sociocultural, educação social, entre outras.
- Trabalho de proximidade e descentralizado das sedes de concelho;
- Elo de ligação e de ponte entre parceiros das áreas do social, saúde, educação, entidades empregadoras, entre outras;
- Identificação, articulação e encaminhamento para a Rede Social, contribuindo para o seu dinamismo;
- Intervenção Individualizada e personalizada na procura de soluções para o emprego e qualificação, bem como para os desafios da parentalidade;
- Proximidade com as escolas e comunidades;
- Trabalho continuado e integrado nas escolas;
- Trabalho de ligação com as empresas e aproximação destas às realidades da inclusão social;
- Utilização de plataformas digitais e atividades dinâmicas com os grupos mais vulneráveis;
- Atividades criativas e inovadoras a custo zero para as escolas;
- Adaptação às necessidades dos parceiros;
- Desenvolvimento de respostas tendo em conta as especificidades e recursos do território;
- Atividades contínuas de longa duração (programas, projetos.);
- Atividades com crianças com necessidades especiais;
- Dupla intervenção com pais/ cuidadores e filhos;
- Diversidade de públicos (democratização da participação);
- Aproximação das famílias/ pais atividades diferentes/ pouco acessíveis;
- Alargamento da rede de contacto dos participantes em situação de vulnerabilidade;
- Apoio às populações mais vulneráveis e apoio no ensino à distância durante a pandemia por Covid-19;
- Processos participativos com os públicos-alvo (desempregados, alunos, crianças e jovens, pais…);
- Promoção dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Erradicar a pobreza; Vida saudável; Educação de qualidade; Igualdade de género; Trabalho digno; Reduzir as desigualdades; Paz e justiça.
No encerramento da sessão, participaram os representantes das variadas entidades, realçando a importância dos CLDS como “projeto de intervenção social não assistencialista” e valorizando as boas práticas identificadas nos diferentes territórios.
A organização identificou ainda a dinamização de encontros técnicos informais como uma estratégia eficaz para melhorar as intervenções deste programa no território Douro, Tâmega e Sousa.