Oficina Criativa de Artes de Rua e de Dança encerra em grande festa

Oficina Criativa de Artes de Rua e de Dança encerra em grande festa

Realizou-se dia 13 de junho, a Festa Final da Oficina Criativa com a apresentação de resultados à comunidade, ou seja, dois espetáculos de dança “Os Direitos também dançam” e a inauguração do “Mural dos Direitos Humanos – diversidade e igualdade”. 

A Festa Final foi uma celebração de toda a escola que iniciou com o hastear da Bandeira do Eco-Escolas, contou com a animação de rua do Grupo de Bombos e Cabeçudos da Oficina de Artes da EB23 Carmen Miranda, foi embelezada pela performance do Coro de Alunos da EB23 Carmen Miranda, contando com o espetáculo de dança “Os Direitos também dançam!” e com a inauguração do Mural dos Direitos Humanos- diversidade e igualdade. 

No mesmo dia, o espetáculo “Os Direitos também dançam!” foi apresentado em horário pós-laboral aos pais e encarregados de educação.

Participaram na sessão de abertura o Diretor do Agrupamento de Escolas Carmen Miranda, António Ribeiro, a professora Coordenadora do Eco-Escolas, Carlinda Abreu, o Presidente da Direção da Fundação Santo António – Entidade Coordenadora Local do Caerus-CLDS4G, Manuel António Teixeira e o Chefe de Divisão Ação Social, Educação, Saúde e Desenvolvimento Económico do Município do Marco de Canaveses, Joaquim Santos.

A Oficina Criativa tem como principal objetivo promover uma cidadania plena e estilos de vida saudáveis, bem como a integração na comunidade, tendo sempre por base a educação para os direitos humanos. 

Este ano letivo 2021-2022 teve a colaboração do artista plástico José Miguel Pinto e da professora de dança Maria Manuel Borges. 

O que nos diz o José Miguel Pinto sobre o Mural Direitos Humanos – diversidade e igualdade:

 “Partindo da ideia escolhida para a Oficina Criativa 2021/2022 “Artes de Rua”, foi estruturado o projeto que viria dar uma nova vida às várias paredes que constituem o Mural dos Direitos Humanos – diversidade e igualdade. 

Todo o processo contou com a participação ativa dos alunos inscritos na Oficina Criativa – Artes de Rua. O resultado destas paredes é o confluir de todo o processo, consistindo na adaptação das ideias apresentadas pelos alunos, de uma forma abrangente e simbólica. 

Selecionaram-se obras de alguns artistas, como base para a criação dos painéis. Nomeadamente, o fotógrafo Mário Cruz, o muralista Violant e o fotógrafo Ugur Gallenkus

Houve ainda a preocupação de que uma parte do mural estivesse ligada às questões ambientais. Foi criado um cenário, na zona de um canteiro, onde se plantaram algumas espécies polinizadoras e ainda se implementaram alguns hotéis para insetos, em articulação e colaboração com o Programa Eco-Escolas

O objetivo principal deste conjunto de paredes é, acima de tudo, sensibilizar, questionar e educar, a partir de representações que demonstram os contrastes de realidade existentes pelo mundo, mas também transmitir uma ideia de esperança e despertar uma vontade de mudança. 

Para a execução das pinturas foram usadas tintas plásticas e apontamentos com tinta em spray.” 

O que nos diz a Maria Manuel Borges sobre o espetáculo de dança “Os Direitos também dançam!”:

“Quando me juntei a este projeto sabia que iria trabalhar com crianças com pouca ou nenhuma ligação ou experiência na área da dança, mas tinha como desafio torná-los pequenos grandes bailarinos no final. 

Depois desta longa jornada, entre aulas e ensaios, tenho a dizer que este grupo de jovens trabalhou de forma árdua cada minuto de cada ensaio, dedicou-se, trabalhou em prol de um projeto perfeito e divertiu-se enquanto aprendeu um pouco desta arte que é a dança. 

A dança faz coisas extraordinárias e com estes alunos ela fê-los crescer, aprender a ouvir, a perceber o quão maravilhoso é o silêncio, a mostrar sentimentos ao mundo sem ter de dizer uma única palavra, a errar e repetir mil vezes até acontecer da forma esperada, colaborar com os colegas, a pensar como um grupo e não individualmente… Muitos desafios foram propostos e todos eles foram cumpridos o que me leva a dizer que o meu maior objetivo foi cumprido, podendo assim afirmar que o projeto apresentado será interpretado por pequenos grandes bailarinos!!!

Se o melhor do mundo são as crianças, porque não deixá-las explorar os seus próprios direitos?? Esta questão serve de base para todo o projeto que desenvolvemos. Descobrimos que os direitos das crianças também dançam e dançam muito bem principalmente porque, juntamente com esses direitos e com este projeto, está presente todo o sentimento dentro de cada coração que nele participou!

Juntei-me a estes meninos e meninas para abraçar a simplicidade, a criatividade, a alegria, a energia e a felicidade cada segundo deste projeto e posso confessar que adorei esta aventura!

O espetáculo “Os Direitos também dançam!” foi baseado no poema escrito de Pedro Strecht, onde podemos ter uma simplificação dos direitos das crianças. Neste espetáculo fazemos com que os alunos, através da expressão corporal e da arte, consigam fazer valer os seus direitos. Mostrar ao mundo que mesmo sendo pequenos têm uma grande força de vontade, uma grande vontade de aprender e uma grande vontade de mostrar os direitos que lhes pertencem. Assim, dedicamos este espetáculo a todas as crianças que, infelizmente, não têm a sorte de gozar dos seus próprios direitos.” 

Para o Caerus-CLDS4G é pela participação de crianças e jovens em atividades lúdicas, culturais, desportivas que se educa e promove uma cidadania ativa. Poder executar este objetivo em articulação com as escolas do município é a garantia de cumprirmos este objetivo de forma mais igualitária e inclusiva.

Esta iniciativa insere-se na atividade 10 do Plano de Ação do CLDS4G: promover estilos de vida saudáveis e a integração na comunidade das crianças e jovens, nomeadamente através da participação destes em ações nos domínios: da saúde, do desporto, da cultura e da educação para uma cidadania plena mediante oficinas criativas de desenvolvimento e participação, a decorrer no período letivo e não letivo.