Todos os dias nascem empresas e novos empreendedores. Contudo, também todos os dias, os empreendedores confrontam-se com dificuldades e desistem das suas ideias, sendo obrigados a procurar novos trilhos e novas oportunidades.
Mas será o empreendedorismo assim tão difícil ou complicado? Será que chega ter uma boa ideia? E como se sabe que essa ideia é mesmo uma grande ideia?
Uma boa ideia está, quase sempre, associada à história de vida de alguém, a um problema cuja solução não existe no mercado, a um hobbie de alguém que quis ver transformado em negócio, a uma necessidade real do presente. Porém, a ideia é, simplesmente, o gatilho, o ponto de partido, não significando, de todo, ter um negócio.
Alguns negócios falham mesmo antes de o serem porque não existe capacidade de financiamento, porque não há oportunidades de mercado, ou, simplesmente, porque o processo da ideia ao negócio não se cumpre.
O Caerus – CLDS de Marco de Canaveses acompanha, desde 2009, alguns empreendedores que chegam até si com uma ideia de negócio.
Se é certo que algumas destas ideias resultaram em negócios e empresas, outras há que, pelos mais diversos motivos, tomaram caminhos diferentes e resultaram em processos de crescimento pessoal e social, tendo culminado em projetos de formação e qualificação, em processos de procura de emprego e integração profissional por conta de outrem, em projetos de voluntariado, ou numa aprendizagem que dará frutos num tempo futuro.
Em 2014, Paula Cristina chegou ao Caerus com uma ideia e com muita vontade de criar o seu próprio negócio. Hoje é empresária e gere com sucesso a empresa Quica Sabores.
Deixamos aqui um pouco do seu testemunho:
Como e quando conheceu o Projecto Caerus?
Conheci o Caerus em 2014 através de uma pessoa, minha conhecida, que me indicou o mesmo para me ajudar a financiar o meu negócio.
Em que é que o Projecto Caerus a ajudou?
O Projecto Caerus ajudou-me não financeiramente mas deu-me ferramentas essenciais para eu criar o meu micro-negócio. Sou produtora de Compotas e Bolachas e disponibilizou-me uma nutricionista para fazer o valor nutricional dos meus produtos, assim como um designer gráfico para criar um logótipo para a minha empresa. O Caerus acompanhou-me ainda em todos os passos, desde Finanças a pontos de venda, participação em feiras e encontros empreendedores. Através dele, fiquei a conhecer os vários projetos existentes no Tâmega e Sousa, um deles “Ideias Inovadoras de Jovens Empreendedores” ao qual concorri.
Quando pensa no Projecto Caerus, diga-nos quais as primeiras palavras que utilizaria para descrever o projeto.
Acessíveis, Profissionalismo e sempre prontos a ajudar.
O que é que mudou na sua vida depois de participar nas atividades do Projecto Caerus?
Criei uma micro-empresa e fui a primeira produtora local a ter valores nutricionais nos rótulos dos produtos, e com isto deu-me a oportunidade de poder participar em feiras internacionais, assim como exportar. Além da micro-empresa, conclui o 12º ano.
Como mulher empreendedora, o que tem a dizer a outros empreendedores?
O caminho não é fácil, mas com trabalho e dedicação tudo se consegue.
O que sugeria ao Caerus fazer em termos de atividade?
Nesta fase que estamos a passar, seria importante o Caerus ter ferramentas para ajudar na luta ao desemprego, na formação e no apoio social.
O que diria a uma pessoa para motivar para as atividades do Caerus?
Simplesmente, para participarem, pois não perdem nada.
A terminar, quero ainda dizer que já passaram seis anos e sempre que tive dúvidas e precisei de as esclarecer, fui bater à porta do Projecto Caerus e lá tive sempre alguém que me orientou, nunca vim embora sem uma resposta. Nunca poderei esquecer que, mais importante do apoio financeiro que me tinham dito que iria obter, foi toda a ajuda que recebi para criar a minha empresa de raíz, de nome Quica Sabores.
Pode acompanhar o trabalho da Quica Sabores no Facebook – https://www.facebook.com/quicasabores/